Busca ativa de mão de obra especial amplia inclusão em Ponta Grossa
A Agência do Trabalhador de Ponta Grossa registrou no primeiro semestre deste ano um aumento de 40% da colocação no mercado de trabalho de pessoas com deficiência (PCD). O incremento é resultado do trabalho intenso realizado nos últimos meses para pela Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional para ampliar a quantidade de vagas ofertadas, bem como mais oportunidades de qualificação foram destinadas ao público PCD.
A prefeita Elizabeth Schmidt salienta que a Agência do Trabalhador cumpre uma função importante quanto a empregabilidade do público PCD, visando não apenas na busca de vagas com as empresas, mas também na oferta de cursos de qualificação que capacitem estes profissionais em atendimento aos critérios definidos pelas empresas. “Atuamos para fazer de Ponta Grossa uma cidade cada vez mais humana e saber deste incremento na colocação de pessoas com deficiência demonstra que estamos no caminho certo”, disse.
Lucélia Portela de Almeida, com 42 anos de idade, conta que em 2018 teve monoparesia no membro inferior direito. A monoparesia faz com que o meu membro inferior falseie. Por isso, ela necessita usar muletas e cadeiras de rodas.
Segundo Lucélia, seu emprego anterior já tinha sido por intermédio da Agência do Trabalhador. “Trabalhei no Sest/Senat, no cargo de assistente administrativo. Agora sou assistente administrativa na empresa Trizzy. A Agência do Trabalhador sabe da dificuldade que a pessoa com deficiência tem para sair e se deslocar. Por isso, boa parte do atendimento se dá remotamente, por e-mail e telefone”, disse.
“Eu fiquei por muito tempo parada, me recuperando de uma cirurgia que fiz e aproveitei para estudar. Por isso, digo que a qualificação é muito importante para a pessoa com deficiência que quer um local no mercado de trabalho”, comenta Lucélia, que disse que se sentiu priorizada, vendo o empenho dos profissionais da Agência para que ela se recolocasse no mercado de trabalho.
Já Terezinha Ferreira dos Anjos, de 41 anos, conta que usa prótese auditiva, mas que devido a isso, escuta e fala sem dificuldades. Ela comenta que foi contratada no Colégio Sagrada Família faz quase um mês. “Por eu já ter trabalhado em escola, como PCD não tive dificuldades em preencher a vaga. Em linhas gerais, o atendimento da Agência do Trabalhador é ótimo, oferecendo sempre boas vagas”, comenta Terezinha.
O diretor da Agência do Trabalhador, Nilton Gomes, relata que um critério indispensável das empresas para a contratação da pessoa com deficiência é ter o ensino médio completo. Além disso, os contratantes solicitam cursos de Excel e formações mais especificas.
Ele justifica este aumento nas colocações ocorreu pela busca ativa desenvolvida pelo do setor de Serviço Social, da Agência do Trabalhador que entram em contato com o público PCD, em uma lista com mais de 400 nomes, bem como, pelo trabalho de sensibilização por parte da Agência ao oferecer a possibilidade de contratar PCD para as empresas que procuram o órgão para abrir as vagas”, disse.
Rosângela Caldeira Legat, assistente social da Agência do Trabalhador relata que a busca ativa, através de contato por e-mail e telefone com as pessoas com deficiência cadastradas geram mais resultados que a procura deste público na Agência.
Ela explica também que este aumento acontece tanto pelo aumento de notificações do Ministério do Trabalho, mas também pela conscientização dos empresários. “Contamos com empresas de pequeno porte, que não tem obrigação legal para contratar PCDs e mesmo assim contratam, às vezes até mais de um o que demostra um compromisso social desta nova geração de empresas”, finaliza Rosângela.
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