Microrganismos foram identificados na rede de abastecimento em outubro de 2021; Conforme o Ministério Público, 460 pessoas entraram em contato com a Companhia para buscar esclarecimentos.
A Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) vai indenizar moradores que encontraram microcrustáceos na água em Ponta Grossa. Os microrganismos foram identificados na rede de abastecimento e relatados por consumidores em outubro de 2021.
Um Termo de Ajustamento de Conduta foi celebrado entre a Companhia e o Ministério Público do Paraná para reparar os danos materiais e morais e garantir a qualidade da água captada da Represa dos Alagados.
Na época, moradores relataram a presença de uma espécie de camarão na água que saía das torneiras. Os microrganismos foram identificados entre os dias 13 e 17 de outubro de 2021 na represa e no rio Pitangui.
Na ocasião, o professor do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Henrique Simão Pontes, disse à CBN que a presença dos microrganismos apontava que a qualidade da água não estava boa.
Conforme o Ministério Público, 460 pessoas entraram em contato com a Sanepar para buscar esclarecimentos.
A Companhia aceitou indenizar essas pessoas para sanar possíveis danos materiais sofridos. De acordo com o Termo, a indenização deve ser feita durante seis meses para os moradores que comprovaram danos em decorrência do fornecimento de água fora dos padrões e reembolsar eventuais despesas que tenham tido com a contratação de serviços de lavagem de caixas de água, compra de água mineral e danos em equipamentos e eletrodomésticos.
Para reparar os danos morais coletivos, a Companhia vai pagar R$ 5 milhões. O valor deve ser destinado para custear projetos, estudos e executar as obras necessárias para constituição e implantação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) na Bacia de Olarias.
A área deve conter um parque municipal com infraestrutura como iluminação, banheiros públicos, quadras esportivas, ciclovia, pista de caminhada e espaços para atividades de recreação e lazer.
O Termo também prevê um monitoramento periódico para detectar eventual presença de microcrustáceos na água captada da Represa dos Alagados. Qualquer anomalia deve ser comunicada para o Instituto Água e Terra e Secretaria Municipal do Meio Ambiente em 48 horas.
A Companhia também vai repovoar até abril deste ano as águas da Represa dos Alagados, com o despejo de 40 mil alevinos de espécies próprias do local, recomendando aos órgãos competentes a intensa fiscalização da pesca no local nos períodos proibidos por lei.
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