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CBN Ponta Grossa

Boletim agrometeorológico de julho de 2024 indica seca em parte do PR

Em julho de 2024, as regiões Norte e Noroeste do Paraná enfrentaram um período seco devido a bloqueios atmosféricos e massas de ar seco e quente, que impediram a chegada de frentes frias. Nas demais regiões, as chuvas foram abundantes. O maior acumulado de precipitação foi registrado em Palmas, no Sul, com 247,8 mm, enquanto Jaguariaíva, no Norte, teve o menor índice com 18 mm.


Segundo o Boletim Agrometeorológico de Julho, elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) com apoio do Simepar, a precipitação foi acima da média histórica na maior parte do estado, exceto no Norte e Noroeste. O Litoral e o Sul tiveram superávits de precipitação, com desvios de 108,6 mm e 102,5 mm, respectivamente.


No Norte e Noroeste, a seca impactou a distribuição e a quantidade de chuva. Um sistema de instabilidade trouxe chuvas entre os dias 8 e 13 de julho. O déficit de precipitação em Jaguariaíva foi de -64 mm em relação à média histórica. A média estadual de precipitação foi de 135,1 mm, acima da média histórica de 89,4 mm.


As temperaturas variaram conforme a precipitação. No Sul, Sudoeste, Litoral e Oeste, as temperaturas máximas foram mais amenas. No Litoral, a temperatura máxima foi 2,4 ºC abaixo da média histórica. Em contraste, as regiões Norte e Noroeste tiveram temperaturas entre 1 a 2 ºC acima da média histórica. A maior temperatura máxima média registrada foi de 26,8 °C em Cambará, no Norte. A menor temperatura foi de -0,1 °C em Palmas, no dia 1º de julho, com formação de geadas fracas.


No setor agrícola, a colheita do milho de segunda safra avançou para 85% até o final de julho, mas a produtividade foi afetada pela seca. A semeadura de trigo foi concluída, com dificuldades devido à falta ou excesso de umidade. A colheita de café evoluiu para 76% em julho, com produtividade abaixo do esperado. Na fruticultura, a colheita de poncãs foi prejudicada pela seca, e as lavouras de mandioca retomaram a colheita após chuvas. A colheita de cana-de-açúcar e a produção de hortaliças também foram impactadas.


A falta de umidade nas pastagens das regiões Norte e Noroeste resultou em déficit de massa verde, afetando a alimentação animal e aumentando os custos. O clima seco também contribuiu para um aumento no número de focos de incêndio na zona rural.

Agricultores estão aproveitando o tempo seco para preparar a próxima safra, com atividades como a construção e reforma de terraços e aplicação de calcário.


Por Vitória Testa, com supervisão de Emmanuel Fornazari


*Texto escrito a partir de informações da Agência Estadual de Notícias

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