Casal é preso suspeito de matar ex-paciente e desviar R$ 143 mil em PG
- CBN Ponta Grossa
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A Polícia Civil do Paraná prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (10), um casal proprietário de uma clínica de reabilitação em Ponta Grossa. Eles são suspeitos de envolvimento na morte de um ex-paciente e do desvio de mais de 143 mil reais da conta bancária da vítima. As prisões são temporárias e fazem parte de uma investigação conduzida pelo setor de homicídios da polícia.

O caso começou no dia 26 de março, quando o corpo de Ricardo de Oliveira Osinski, de 40 anos, foi encontrado com vários golpes de arma branca em uma área rural da cidade, na Estrada do Alagado. Ricardo era ex-paciente da clínica administrada pelos suspeitos.
Segundo a polícia, no dia 11 de março, Ricardo sofreu um acidente em uma pousada onde estava hospedado e foi levado para atendimento médico. O proprietário da clínica, que era o contato de emergência da vítima, foi chamado ao local e teve acesso aos pertences e ao celular de Ricardo. A partir disso, várias transações bancárias foram realizadas em favor da clínica e de seu proprietário.
De acordo com o delegado Luís Gustavo Timossi, enquanto a vítima ainda estava internada na Unidade de Pronto Atendimento, foram desviados 86 mil e 500 reais de sua conta bancária. Depois que Ricardo recebeu alta médica, ele não foi mais visto. As movimentações financeiras continuaram, inclusive após a morte dele.
No dia seguinte ao achado do corpo, a polícia identificou que o casal comprou um par de bicicletas avaliadas em 5 mil reais e recebeu uma transferência de 27 mil e 500 reais para a clínica. As bicicletas foram encontradas em uma das residências dos suspeitos, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.
Também foi determinado o bloqueio de bens e valores do casal e da clínica até o valor total desviado. Segundo o delegado, há suspeita de que o crime tenha sido planejado com motivação financeira. A vítima era dependente químico e, segundo as investigações, os suspeitos teriam se aproveitado dessa condição para acessar suas contas bancárias.
A polícia investiga se o assassinato foi cometido para evitar a descoberta dos desvios. As prisões foram decretadas por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado. O casal pode ser indiciado por homicídio qualificado, furto mediante fraude e, possivelmente, cárcere privado. A investigação continua.
*Texto escrito a partir de informações da assessoria
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