Passagem não foi cobrada no município para garantir o direito ao voto da população.
O número de passageiros que utilizou o transporte público aumentou 52% em Ponta Grossa no segundo turno das eleições em relação ao primeiro. Nesse domingo (30) a passagem não foi cobrada no município para garantir o direito ao voto da população.
No primeiro turno, em 02 de outubro, quando ainda não havia gratuidade do transporte, 18.159 pessoas utilizaram os ônibus. Nesse domingo, o índice saltou para 27.783 passageiros. Uma diferença de 9.624 pessoas.
Quando comparado com os domingos normais, que registram média de 12 mil passageiros, a alta alcançou 131%. Em dias de semana, o transporte registra lotação entre 70 e 80 mil pessoas no município.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a abstenção caiu em Ponta Grossa de um turno para o outro. No primeiro turno, 45.505 pessoas decidiram não votar na cidade, índice que representa 18% da população apta. No segundo turno, o número de abstenções baixou para quase 43 mil eleitores, fechando com 17%. Uma diferença de pouco mais de dois mil votos.
De acordo com a lotação do transporte público, muitos ponta-grossenses que não usaram o ônibus para votar no primeiro turno decidiram utilizar o transporte no segundo.
O projeto que permitiu a gratuidade foi sancionado na última semana após passar pela Câmara Municipal. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) liberou as prefeituras e concessionárias para que ofereçam transporte público de forma gratuita à população durante o período de votação. A decisão isenta os prefeitos de possíveis punições por improbidade.
Em Ponta Grossa, o projeto alterou a lei que regulamenta a prestação de serviços de transporte público no município e a gratuidade passa a valer para todas as eleições gerais e municipais.
O texto foi aprovado em duas discussões na Câmara Municipal na semana passada e permitiu a gratuidade da passagem para moradores das 07h às 19h no domingo das eleições. Os gastos com a gratuidade devem ser custeados pela prefeitura.
De acordo com a Prefeitura, a gratuidade deve custar entre R$ 250 mil a R$ 300 mil ao Poder Executivo. Segundo a Secretaria Municipal da Fazenda, somente após saber o valor preciso, será definida a origem no orçamento, de alguma ação do governo que ainda possua saldo e não foi utilizado.
A decisão em Ponta Grossa seguiu outros municípios brasileiros que adotaram o passe livre nas eleições deste ano. O objetivo foi de facilitar o acesso da população aos locais de votação.
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