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CBN Ponta Grossa

Diretora do Instituto de Educação é asfatada do cargo pelo Governo PR

A diretora do Instituto de Educação Professor César Prieto Martinez - um dos colégios estaduais mais tradicionais de Ponta Grossa -, professora Carmén Lúcia de Souza Pinto, foi asfatada, por resolução do Governo do Paraná, do cargo para qual foi eleita pela comunidade escolar.


O documento é assinado pelo secretário de Educação do Estado, Roni Miranda Vieira. A diretora foi comunicada do afastamento pela chefe do Núcleo Regional de Educação, Luciana Sleutjes. A resolução que retirou Carmén das funções é a de n.º 3.345/2024.


Em entrevista ao programa CBN Ponta Grossa 1ª Edição, a professora alegou que a medida é um retaliação à posição contrária dela ao projeto Parceiro da Escola, que visa terceirizar a gestão de escolas estaduais para a iniciativa privada, e a participação dela em atos da APP-Sindicato na última segunda-feira (03), em Curitiba.


Segundo Carmén, na reunião com a chefe do Núcleo ela informou que não iria mudar ou deixar de emitir opinião e que o projeto Parceiro da Escola vai "acabar com a escola pública no Paraná". Ouça a entrevista completa no fim da reportagem.


Diretora do Instituto de Educação, eleita por votação com a comunidade, é afastada - Foto: Arquivo

Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Educação diz: "A diretora foi afastada da função, pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), por decisão homologada com respaldo na Lei n° 21325 de 1° de janeiro de 2023. Para fim de melhor esclarecimento relativo às circunstâncias da decisão, as informações estão sendo apuradas e, tão logo estejam esclarecidas, serão devidamente pontuadas".


Já a APP-Sindicato publicou uma nota de repúdio à decisão. Em um trecho, a entidade aponta que "o afastamento, efetivado por meio da Resolução n.º 3.345/2024 – GS/SEED, sem justa causa aparente e baseado em fundamentos administrativos questionáveis, revela uma atitude autoritária e desrespeitosa para com os profissionais da educação e a gestão democrática das instituições de ensino. É inadmissível que ações arbitrárias, como a mencionada, sejam tomadas sem um diálogo prévio com a comunidade escolar e sem o devido processo de apuração dos fatos".


A APP-Sindicato também irá mobilizar o departamento jurídico para tentar reverter a decisão. A prefeita Elizabeth Schmidt publicou vídeo nas redes sociais em defesa da professora Carmén e afirma que a decisão fere os princípios democráticos.




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