Antes dos trilhos chegarem na cidade, já existia um crescimento e movimento comercial e agrícola, que tornava a cidade no grande empório do interior do Paraná, o que será fortalecido com a chegada da ferrovia que passa a fazer a ligação entre sul e norte do Brasil e leste a oeste do Paraná. Uma das mais antigas lojas de comércio de Ponta Grossa era chamada Casa Juca Pedro, fundada em 1840 por José Pedro da Silva Carvalho. Comércio variado de ferragens, miudezas, couros, louças, molhados, sempre com um grande estoque. Em 1854, na Rua do Mercado (atual Sete de Setembro), foi fundada a Casa Vilela, pelo Comendador Bonifácio José Vilela.
Importante ressaltar que, apesar de existirem casas comerciais desde o início do século XIX, sem dúvida o crescimento do comércio foi favorecido também pela chegada de imigrantes, que aos poucos alcançam uma posição de destaque na estrutura econômica e social da região.
Dentre as casas comerciais que mais se destacaram pode-se citar, a Casa Juca Pedro (1840), Casa Vilela (1854) e, a partir de 1880, os imigrantes começaram a fundar suas propriedades, como: Casa de Sementes Augusto Canto (1885), Casa Progresso da Família Holzmann (1893), Estabelecimento do S.r. Vicente Motti (1894), Casa Osternack (1896), Casa Romano (1906), entre outras.
Com o crescimento do comércio e indústria no início do século XX e sua expansão nos anos posteriores, os membros dessas fundaram em 18 de junho de 1922, o Centro de Comércio e Indústria de Ponta Grossa, futura Associação Comercial de Ponta Grossa.
Para conhecer mais sobre o comércio de Ponta Grossa:
Agricultura
A chegada dos imigrantes em Ponta Grossa, a partir de 1870, modifica o sistema econômico até então vigente, que se sustentava nas pequenas lavouras de subsistência e criação de gado e até invernagem nas grandes propriedades. Eles trazem consigo uma nova forma de aproveitar a terra e produzem bens de baixo custo. Por exemplo fabricação de massas e doces, exploração da madeira, entre outros, aliando o trabalho rural com o estabelecimento de um comércio urbano.
Entre 1870 e 1910 espalhavam-se pela região núcleos coloniais e algumas chácaras (que produziam de tudo). As sedes das grandes fazendas (latifúndios) serviam mais para criação de gado e ainda invernadas, do que a produção de alimentos.
Como incremento na agricultura, foi instalada a Estação Experimental de Ponta Grossa pelo Ministério da Agricultura em 1921, que tinha como objetivo, desenvolver pesquisa científica e dar suporte tecnológico ao desenvolvimento do cultivo do trigo no Brasil.
Na década de 1970, nos Campos Gerais, se destaca o Plantio Direto (ou plantio na palha) que era apropriada a solos de baixa fertilidade e incerta pluviosidade. Pioneiro da disseminação dessa técnica foi o ponta grossense e rotariano Manoel Henrique Pereira (Nonô Pereira), sendo que ela revolucionou a agricultura. Propiciou que novas empresas de implementos, insumos e máquinas agrícolas surgissem para atender as necessidades da produção da agricultura em grande escala, compondo uma nova paisagem nos campos de Ponta Grossa.
A agricultura se organiza com as cooperativas agrícolas e os campos de Ponta Grossa e Campos Gerais se transformam em uma indústria da agricultura, com tratores, colheitadeiras, caminhões compondo a paisagem agrícola.
Para conhecer mais da agricultura em Ponta Grossa:
Pecuária
Em função dessa forte presença da pecuária, desde o início do povoamento, criou-se uma tradição do comércio e criação de gado como importante para o desenvolvimento local. Isso fez com que o Município fosse escolhido para a instalação de uma Fazenda Modelo.
Em 1953, as grandes fazendas a criação de gado vacum alcançaram qualidade com a criação de raças: como caracu, zebu, holandês, entre outras. A criação de cavalos, suínos, caprinos e ovinos, estão presentes na indústria pastoril. O Jóquei Clube Pontagrossense por exemplo incrementa a criação de animais de raça, que participam das corridas.
A partir da segunda metade do século XX, as fazendas de criação e engorda dedicam-se à pecuária, selecionando cada vez mais raças que possam se aclimatar na região. Pastagens artificiais substituem as nativas, para garantir o aumento e melhoria da produção. Modernos haras são construídos para a criação de cavalos de raça. Assim como a agricultura o setor pecuário vai se adaptando às modernidades mecânicas, facilitando o criatório de diferentes animais, como: cavalos, bois, vacas, carneiros, ovelhas, entre outros.
Para conhecer mais sobre a pecuária em Ponta Grossa:
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