Você pode até achar que o mundo se divida entre felizes e infelizes, defensores e opositores, contentes e descontentes, acreditam e desacreditam, porém há uma outra fatia de seres humanos que são os mais difíceis de se conviver, aqueles que não são nem uma coisa nem outra, os chamados tanto faz.
Uma “espécie” que anda em ambiente pantanoso e vive a margem de tudo, mesmo estando no meio da confusão. Os que representam a incerteza e nunca se posicionam por considerarem que qualquer posição exige o que eles não tem para dar, comprometimento. É a lógica do “óvos mexidos com bacon”, enquanto o porco está comprometido, a galinha está apenas envolvida.
Na família, nas empresas, nas relações humanas onde elas acontecem, os descomprometidos são predominantes. São os que não te fazem mal, mas bem também não faz. São os que não estão satisfeitos, porém, não demonstram insatisfação. São conduzidos pela mão e se outro tomá-los seguem o fluxo sem resistir. Sem alguém que conduz, param e ficam espera, as vezes até a morte, de outro que venha a conduzi-los para qualquer direção.
É esta tradição, conduta constante e habitual, que temos que romper. Desenvolver a autonomia humana é expor este perfil de pessoa a desafios que exijam um posicionamento. Enquanto tiver alguém que faça por ele, o ser que apenas vive sem sentido, manterá sua prática vegetativa. Qualquer projeto de mudança, busca de superação de um problema, necessita mais do que apenas o envolvimento com a presença, necessita comprometimento e sentido.
Ouça o comentário de Gilson Aguiar para a Rádio CBN Ponta Grossa:
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