Dúvidas acompanham a vida humana. Quem não tem dúvida não aprendeu nada. Todo o conhecimento adquirido amplia as possibilidades. Quanto mais você sabe e entende uma situação melhor, ela nos apresenta mais possibilidades. Isto é muito bom. Por isso, a dúvida é um bom sinal. Quem não a tem está com uma visão parcial ou distorcida, simplificada e míope.
Contudo, ficarmos parados diante de uma escolha pode significar uma atrofia. Não esquecer que ter paciência não é um sinal de passividade. As decisões mais assertivas devem fugir da emoção euforia ou da cólera extrema. Ódio e paixão não ajuda ninguém a tomar decisão.
Nas empresas se confunde momentos de tensão como a necessidade de uma resposta rápida. O que pode ser prejudicial quando você tem um conhecimento parcial do contexto que vive e não disponibiliza de informações para uma ação coerente.
Mas qual é a repercussão da decisão que será tomada? Este é um fator importante para saber o que fazer. Os envolvidos são quantos e sua vida terá que consequências a partir da decisão que toma? Lembre-se, há um prejuízo que pode ser irreparável e o preço pago é mais caro que os benefícios imediatos da medida tomada.
Para saber a dimensão de uma decisão tomada deve-se buscar compreender o contexto que se vive com o máximo de informações possíveis. Isto implica em ter conhecimento. Tanto aquele que se acessa nos meios que estão disponíveis como o conhecimento tácito, aquele que envolve as pessoas e as relações que estabelecemos com elas.
No mundo empresarial, onde uma decisão pode custar caro. E custo aqui são tanto o prejuízo patrimonial como humano, se perde capital financeiro e a riqueza de pessoas. Lembrando que as pessoas são uma riqueza mais importante para a recuperação de uma empresa que o capital financeiro. A experiência construída com os profissionais dentro de uma corporação não se recupera com facilidade como também pode se perder para sempre.
Porém, a decisão deve ser tomada. Após todos os cuidados possíveis. Não tomá-la pode ter um preço ainda maior. E sempre é ela que nos dará a dimensão do quanto estamos diante de um acerto ou erro. O antes da escolha não pode nos dar a visão exata do depois do caminho escolhido.
Logo, temos que equilibrar ao máximo a ponderação do contexto e a condição das circunstâncias para tomar uma decisão. Avaliar da melhor forma as consequências de nossos atos. E decidir, agir. Porque o verdadeiro aprendizado não vem da constante reflexão, mas do entendimento de uma decisão e de suas consequências diante da forma como vemos as coisas.
Ouça o comentário de Gilson Aguiar para a Rádio CBN Ponta Grossa:
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