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CBN Ponta Grossa

Hospital Universitário da UEPG notificou Sesa sobre possível fraude em medicamentos

A fraude é investigada pela Polícia Civil e revela que pacientes tomaram antibióticos no lugar de imunoglobulina, um medicamento para imunidade.

Foto: Polícia Civil do Paraná

A fraude na entrega de medicamentos às regionais de saúde do Paraná foi identificada no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, em Ponta Grossa. A gestão da unidade hospitalar é de responsabilidade da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).


A UEPG afirmou em nota que notificou a 3ª Regional de Saúde após identificar problemas na embalagem de um lote de imunoglobulina no dia 17 de agosto. Conforme a Universidade, os problemas indicavam possível produto falso.


A fraude é investigada pela Polícia Civil e revela que pacientes tomaram antibióticos no lugar de imunoglobulina, um medicamento para imunidade. A apuração indica que foram colocadas nos frascos amostras do antibiótico metronidazol, medicamento indicado para o tratamento de giardíase, amebíase, tricomoníase, vaginites e outras infecções.


Uma operação foi deflagrada nessa terça-feira (12) em cinco municípios do Paraná. A investigação aponta que a fraude envolveu cerca de 6 mil frascos de Imunoglobulina Humana, avaliados em R$ 10,6 milhões.


No total, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O cumprimento dos mandados aconteceu simultaneamente em Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Realeza, Bom Sucesso do Sul e Pinhal do São Bento.


No dia 17 de agosto, a UEPG notificou a regional sobre os problemas nos produtos. De acordo com a Universidade, os medicamentos não foram aplicados em nenhum paciente em Ponta Grossa, nem dispensados às unidades do Hospital Universitário. Após a constatação, os produtos foram devolvidas à Regional de Saúde.


A partir da notificação da UEPG, a Secretaria Estadual de Saúde acionou a Polícia Civil para apurar a possível falsificação de medicamentos. Conforme a Secretaria, o processo licitatório de compra do medicamento foi regular. No entanto, o lote entregue para o Estado tinha inconformidades, como confirmou uma amostragem avaliada pela Polícia Científica.


A Secretaria de Saúde ressaltou que o medicamento é de uso controlado, fornecido sob demanda para pacientes determinados em ambiente hospitalar e que não é de ampla circulação e acesso à população.


A Sesa não informou quantos pacientes usaram os medicamentos fraudados e quantas unidades foram vítimas, mas disse que uma sindicância interna apura dados e informações de pacientes que fizeram uso do medicamento.


Os lotes que estavam nas Regionais de Saúde foram restituídos, armazenados e estão à disposição para o trabalho de perícia. Em nota, a Secretaria afirmou que não haverá desabastecimento porque o estado tem estoque do fármaco de outros laboratórios.


Destacou ainda que compra cerca de R$ 1 bilhão em medicamentos por ano, mais de um bilhão de unidades de remédios e insumos farmacêuticos.


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