O Corpo de Bombeiros Militares do Paraná (CBMPR) registrou um aumento significativo nas ocorrências de incêndios em vegetação em todo o estado. Até esta quinta-feira (22), foram atendidos 9.344 casos, comparados a 4.011 no mesmo período de 2023, o que representa um crescimento de 132%. Entre as áreas afetadas está o Parque Estadual de Vila Velha, nos Campos Gerais, que registrou incêndios no mês de agosto.
As condições climáticas, como altas temperaturas, baixa umidade e a escassez de chuvas, têm contribuído para a proliferação dos incêndios, com 2.274 chamados registrados somente em agosto. Para efeito de comparação, em agosto de 2023, o número foi de 955.
Como parte da Operação Quati João, que anualmente é organizada pela Corporação para promover a prevenção e o combate a incêndios florestais, o corpo de bombeiros tem realizado iniciativas que inclui reuniões periódicas com entidades civis e governamentais, visando atualizar cenários meteorológicos com apoio do Simepar e discutir estratégias de combate ao fogo. A previsão da chegada do fenômeno La Niña, em setembro, intensifica a preocupação com a possibilidade de mais incêndios até outubro.
Além do Parque Estadual de Vila Velha, nos Campos Gerais, outras áreas do estado, como o Parque Nacional de Ilha Grande e Maria Helena, também enfrentaram incêndios significativos. O Instituto Água e Terra (IAT) tem dado suporte ao CBMPR no combate aos incêndios, mobilizando equipes e utilizando aeronaves especializadas para controlar o fogo em locais de difícil acesso.
As principais causas dos incêndios florestais são atribuídas à ação humana, intencional ou não, responsável por cerca de 90% das ocorrências. A população é orientada a adotar medidas preventivas, como não fazer queimadas de lixo ou restos de vegetação, e a acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 ao identificar focos de incêndio.
Por Vitória Testa, com supervisão de Emmanuel Fornazari
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