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CBN Ponta Grossa

Indústria é o segundo maior empregador do ano no Paraná

A indústria paranaense criou 2.932 novas vagas de trabalho formal em junho, um aumento de 120% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse número representa 22% dos 13.572 empregos gerados no Paraná no período. O setor de serviços liderou as contratações com 7.804 vagas, seguido pela construção civil com 1.963, comércio com 1.221, enquanto o setor agropecuário fechou 348 vagas.


A geração de empregos na indústria pode estar relacionado à redução da taxa Selic Foto: Divulgação

No acumulado de janeiro a junho, a indústria contratou 25.900 novos trabalhadores, correspondendo a 24% das 109.913 vagas ofertadas no estado no primeiro semestre. Esse número representa um crescimento de 112% em comparação aos primeiros seis meses de 2023. Os dados são do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho.


Comparando com maio, houve um crescimento de 111% no saldo de empregos. Em maio, a indústria estadual havia registrado 1.388 novas vagas, totalizando 8.419 em todas as atividades econômicas. Nos últimos 12 meses, a indústria acumulou 20.686 novos empregos, um aumento de 122% em relação ao período anterior.


Edson Vasconcelos, presidente do Sistema Fiep, afirmou que 2024 trouxe desafios e oportunidades para a indústria, que tem mostrado resiliência. “Os Fóruns Regionais da Indústria mostraram a preocupação dos industriais paranaenses com a empregabilidade e a busca por mão-de-obra capacitada”, disse.


Cenário Econômico

O crescimento na geração de empregos na indústria pode estar relacionado à redução da taxa Selic, que caiu de 13,75% ao ano em agosto do ano passado para 10,5% em junho deste ano, facilitando o crédito para investimentos e geração de empregos. No entanto, há preocupação com a possibilidade de aumento da taxa nos próximos meses.


Outro fator é o aumento na massa salarial detectado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE. Nos primeiros três meses do ano, o rendimento médio dos trabalhadores aumentou 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado por um mercado de trabalho aquecido e o aumento do salário-mínimo. Esse aumento de renda gera um ciclo positivo na economia, com maior consumo das famílias, aumento das vendas no comércio e necessidade de mais contratações e investimentos pelas indústrias.


Atividades Industriais

No acumulado do ano, das 24 atividades industriais analisadas pelo Novo Caged, apenas o segmento farmoquímico e farmacêutico teve mais demissões do que contratações, fechando 20 vagas. Os setores que mais geraram empregos foram produtos alimentícios (6.639), automotivo (1.862), borracha e material plástico (1.751), moveleiro (1.610) e fabricação de produtos de metal (1.500).


Em junho, os setores que mais contrataram foram alimentos (726), moveleiro (384), borracha e material plástico (251), celulose e papel (232) e produtos químicos (210). Por outro lado, os setores de fumo (-58), minerais não-metálicos (-46), farmoquímicos e farmacêuticos (-15) e couros (-9) fecharam postos de trabalho.


Por Vitória Testa, com supervisão de Emmanuel Fornazari


*Texto escrito a partir de informações da assessoria

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