A Justiça do Paraná suspendeu, nesta quinta-feira (24), as audiências sobre o desaparecimento de Isis Victoria Mizerski, de 17 anos. A jovem, que estava grávida, desapareceu no início de junho em Tibagi, nos Campos Gerais. O vigilante Marcos Vagner de Souza, de 35 anos, é acusado de matar e ocultar o corpo da adolescente.
A suspensão ocorreu porque duas testemunhas de defesa não foram intimadas, embora a própria defesa tenha insistido em ouvi-las. Em seguida, uma das testemunhas foi substituída.
Todas as 16 testemunhas de acusação já foram ouvidas, e a irmã de Isis, convocada inicialmente, foi dispensada a pedido do Ministério Público do Paraná e da acusação.
A justificativa foi a necessidade de ouvi-la por meio de depoimento especial. Como a defesa insistiu no depoimento, o juiz determinou que a menor passe por uma avaliação psicológica antes de decidir sobre a oitiva.
Não há previsão para a retomada das audiências. A expectativa era de que Marcos Vagner de Souza fosse ouvido nesta quinta-feira (24). Após todos os depoimentos, será a vez das alegações finais de defesa e acusação, para que o juiz decida se o réu irá a júri popular.
Isis desapareceu no dia 6 de junho, após avisar à irmã e a uma prima que encontraria Marcos para discutir a gravidez. Marcos, casado e pai de três filhos, mantinha um relacionamento extraconjugal com a adolescente. A última localização enviada por Isis foi apagada, e o celular dela foi desligado em seguida.
O sinal do aparelho foi rastreado pela última vez em Telêmaco Borba, próximo a uma estrada chamada Mandaçaia, onde Marcos esteve duas vezes após o desaparecimento.
As buscas no local, realizadas com cães e drones, não encontraram o corpo. Cinco meses após o desaparecimento, Marcos continua negando envolvimento, mas responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto.
Por Vitória Testa, com supervisão de Emmanuel Fornazari
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