Terreno pertence à Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar); prefeitura classificou a ocupação como um “ato criminoso”.
Mais de 250 famílias ocupam um terreno da prefeitura de Ponta Grossa desde o último sábado (04). A área fica no Parque das Andorinhas, no bairro Neves. De acordo com a organização, o grupo pede moradias.
O terreno pertence à Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar). Ainda no sábado, a prefeitura pediu a reintegração de posse do terreno. Mas a Justiça negou o pedido com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspende as ordens de desocupação e despejo durante a pandemia.
O Procurador Geral do Município, Gustavo Schemim da Matta, afirmou que a gestão já protocolou recurso no Tribunal de Justiça. De acordo com a organização, a maior parte das famílias aguarda por uma moradia e está na fila de espera da Prolar.
Em nota, a prefeitura classificou a ocupação como um “ato criminoso” de “manipulação política, desinformação e má-fé” e informou que pretende conversar com as famílias para saber se já estão cadastradas na Prolar e explicar sobre a continuidade dos programas habitacionais.
Segundo os organizadores da ocupação, trata-se de um movimento social e não de famílias isoladas. Além disso, aproximadamente 87 crianças também estão no terreno. Eles pedem que a área seja doada para essas famílias.
Os organizadores da ocupação afirmam, ainda, que o local estava vazio há cerca de 10 anos. Já a prefeitura disse que o terreno no Parque das Andorinhas será dividido em 95 lotes, que serão doados para 95 famílias cadastradas na Prolar.
Atualmente, cerca de 17 mil famílias têm o cadastro ativo na Companhia. A prefeitura também esclareceu que a extinção da Companhia de Habitação não vai interromper a política de habitação popular e que os trabalhos serão assumidos pela Secretaria da Família e Desenvolvimento Social.
O projeto que extingue a Prolar está em análise na Câmara Municipal.
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