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Ricardo Silveira

Paraná cria 54 mil novos empregos com carteira assinada no primeiro quadrimestre

Dados se referem à diferença entre admissões e contratações no primeiro quadrimestre do ano em todo o Estado. Desempenho dos últimos 12 meses é o melhor da região Sul e equivale à somatória dos sete estados da região Norte no mesmo período

Foto: Gilson Abreu/AEN

Com um saldo de geração de 9.429 novos empregos com carteira assinada em abril, o Paraná acumula mais de 54 mil novos postos de trabalho criados no primeiro quadrimestre de 2023. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.


Este foi o melhor desempenho para o mês de abril dos últimos quatro anos e o terceiro consecutivo de altas. Depois de uma queda expressiva em 2020 devido à pandemia, o Estado registrou crescimento em abril de 2021, com a geração de 9.153 postos de trabalho formal, e em 2022, com a criação de mais 8.925 vagas no mesmo mês.


O setor de serviços foi responsável pela maior alta em abril, com 3.367 vagas criadas, com destaque para os segmentos de administração, educação, saúde, serviços sociais, transporte e armazenagem. A indústria, com 2.611 contratações, o comércio (1.592) e a construção civil (1.536) também obtiveram resultados positivos.


Os dados do Caged também apontam que, até o fim de abril, haviam 2,97 milhões trabalhadores atuando de maneira formal nos 399 municípios paranaenses.


ÚTIMOS DOZE MESES – De acordo com o mesmo levantamento, o Paraná registrou quase 108 mil admissões a mais do que demissões ao longo dos últimos 12 meses. A marca é a melhor da região Sul do Brasil, superando o Rio Grande do Sul, que teve 91 mil contratações, e Santa Catarina, que possui um saldo de 76 mil vagas no mesmo período.


O desempenho do mercado de trabalho paranaense equivale a praticamente toda a região Norte do País, cujos sete estados somaram 110 mil empregos com carteira assinada entre maio de 2022 e abril de 2023. Em nível nacional, o Paraná ficou em 4º lugar, atrás apenas de estados mais populosos como São Paulo (526 mil empregos), Minas Gerais (186 mil) e Rio de Janeiro (178 mil) no saldo dos últimos 12 meses.


CIDADES – No detalhamento municipal, Maringá, na região Noroeste, teve o melhor desempenho do mês, com saldo de 600 empregos, enquanto a vice-liderança ficou com Guarapuava, no Centro-Sul, com 502 vagas geradas. A região Oeste foi outra a contribuir com números positivos do Paraná, com destaque para Cascavel, com 486 vagas, Foz do Iguaçu (476) e Toledo (420). Na Região Metropolitana de Curitiba, os melhores resultados ocorreram em Pinhais (436) e São José dos Pinhais (402).


Quando a análise é feita a partir do desempenho ao longo do primeiro quadrimestre de 2023, quem lidera a geração de empregos no Paraná é a capital, com 8.025 vagas. Em segundo lugar, aparece Londrina, na região Norte, com saldo de 3.335 empregos, seguida por Maringá, no Noroeste (2.600), São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (2.404), Cascavel (2.223) e Toledo (2.220), na região Oeste, e Pinhais, também na RMC (2.120).


MELHOR REMUNERAÇÃO – Além do aumento no número de paranaenses empregados com carteira assinada, eles estão recebendo mais pelos trabalhos que desempenham. De acordo com o Caged, o salário médio para profissionais recém-admitidos no Estado entre março e abril de 2023 foi de R$ 1.981,62, uma variação relativa de 2,02%.


A remuneração média inicial dos paranaenses é uma das maiores do Brasil, atrás apenas de São Paulo (R$ 2.319,57), Distrito Federal (R$ 2118,01), Rio de Janeiro (R$ 2.108,57), e praticamente empatada com o estado vizinho de Santa Catarina (R$ 1.987,66).


CAGED – Em todo o Brasil, foram registrados 1,86 milhão de admissões e 1,68 milhão de desligamentos, com um saldo de 180 mil empregos em abril de 2023. Atualmente, o País conta com 43,1 milhões de brasileiros trabalhando com carteira assinada. Os dados completos sobre a geração de empregos podem ser consultados no sumário do Caged, disponibilizado no site do Ministério do Trabalho.

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