Grupo chegou a voltar à Praça da Catedral neste domingo, mas já se dispersou.
O 1º Batalhão de Polícia Militar de Ponta Grossa disse que não foi necessária ação policial para a retirada dos manifestantes na cidade nesta segunda-feira (09). Um pequeno grupo voltou a ocupar a praça Marechal Floriano Peixoto, no início da noite desse domingo (08), com faixas pedindo "intervenção militar". No entanto, a manifestação foi encerrada nesta manhã.
Os manifestantes tinham deixado o local na semana passada após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Depois da invasão aos prédios dos Três Poderes em Brasília na tarde desse domingo, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes determinou a desocupação dos acampamentos bolsonaristas em até 24 horas.
Na decisão, o ministro diz que os manifestantes podem ser presos em flagrante em caso de insistência e ainda podem ser enquadrados em pelo menos sete crimes diferentes. Entre eles, atos terroristas, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, ameaça, perseguição, e incitação ao crime.
De acordo com a decisão, a desocupação deve ser feita pelas polícias militares dos estados, com o apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário. O governador do estado pode ser intimado para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal.
O grupo começou o acampamento na praça da Catedral logo após o resultado do segundo turno das eleições, no início de novembro.
Eles não aceitaram a vitória de Lula e pediam que os militares barrassem a posse do petista. Além das barracas montadas na praça, cartazes com pedidos de “intervenção federal” e “intervenção militar” foram fixados nas árvores e monumentos do local. Banheiros químicos também foram instalados.
Com a saída dos manifestantes na semana passada, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente iniciou uma revitalização na praça, que é tombada como um patrimônio cultural do município. Técnicos avaliaram os estragos no gramado e nas calçadas.
A presença de manifestantes gerou preocupação em setores ligados ao patrimônio cultural. Em novembro, a Secretaria Municipal de Cultura apontou risco de danos ao patrimônio com a fixação de faixas e cartazes e o uso das calçadas para estacionamento e pediu que a prefeitura fiscalizasse os atos.
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