Ordens judiciais foram cumpridas na cidade de São Paulo.
A Polícia Civil do Paraná cumpriu, na manhã desta quarta-feira (09), 14 mandados de buscas e apreensões e quatro de prisões temporária contra uma organização criminosa responsável por aplicar o golpe do motoboy. As ordens judiciais foram cumpridas na cidade de São Paulo.
Durante as investigações, a Polícia realizou a quebra de sigilo bancário dos envolvidos da associação. Na primeira fase da operação, em junho deste ano, sete suspeitos foram presos e máquinas de cartão foram apreendidas.
Na época, os mandados foram cumpridos em Ponta Grossa, em Carapicuíba e na capital do Estado de São Paulo. De acordo com a polícia, dez vítimas paranaenses foram identificadas, com prejuízo que pode chegar a R$ 150 mil.
Ainda em junho, duas prisões foram feitas em flagrante. De acordo com as investigações, as contas bancárias dos alvos apontaram movimentação de mais de R$ 1 milhão. Conforme as investigações, um dos bancos teve prejuízo de R$ 97 mil ao restituir às vítimas dos danos feitos pelos criminosos.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de estelionato e associação criminosa, e entre os envolvidos estão gestores financeiros e motoboys que faziam a retirada dos cartões.
Conforme a Polícia Civil, o grupo criminoso ligava para a vítima, se passando por um funcionário da instituição financeira e alegando gastos com o cartão.
Para facilitar que a vítima caísse no golpe, os criminosos utilizavam técnicas para que a conversa se parecesse com uma central de banco. Depois, as vítimas eram induzidas a acreditar que um motoboy da empresa iria recolher o cartão em um endereço de retirada.
Ao recolherem os cartões, os envolvidos realizavam diversas compras e saques. Os criminosos também dificultavam a investigação fazendo transações entre si, para que não fosse descoberta a origem do dinheiro.
Um levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em 2021 mostrou que houve um aumento de 271% nos registros de golpe do motoboy durante a pandemia da Covid-19. De acordo com a Federação, os criminosos aproveitaram a maior permanência das pessoas em casa e o crescimento exponencial de transações digitais para aplicar golpes na população.
Esse tipo de golpe é utiliza de uma engenharia social, que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões para os criminosos, ou faça transações em favor das quadrilhas.
A Febraban alerta que os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até a sua casa para buscá-lo. Se receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada para ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.
Commenti