Município foi considerado como abaixo da média em comparação com o estado, municípios do mesmo porte e demais cidades do Paraná.
Ponta Grossa aparece com apenas 15% no índice de transparência da vacinação contra a Covid-19, feito pelo Tribunal de Contas do Paraná. Conforme o ranking, o município figura na posição 328 das 399 cidades do Estado.
Segundo o TCE, os dados foram obtidos por meio do envio de um formulário on-line com 11 questões relativas ao assunto.
O Tribunal concluiu que apesar da publicidade das ações de imunização, ainda há bastante espaço para melhorar a transparência sobre o tema na maioria das prefeituras.
Dos dez municípios mais populosos do Paraná, Ponta Grossa está na última posição. Foz do Iguaçu e Guarapuava atingiram a nota máxima de 100%.
Em seguida, está Cascavel, com 95%, Londrina, com 90%, Maringá e São José dos Pinhais aparecem com 70%, Curitiba e Paranaguá com 60% e Colombo com 35%.
Das 11 questões, Ponta Grossa teve resposta negativa em oito. Entre elas, a falta de divulgação de dados no portal da transparência.
Atualização para inserir a resposta da Prefeitura às 13h12
Procurada pela reportagem, a Prefeitura afirmou que A Fundação Municipal de Saúde e o Departamento de Tecnologia da Informação trabalham juntos para "melhorias na plataforma de publicidade dos dados". A gestão também ressalta que "todos os dados são informados nas plataformas do Estado, porém o TCE busca no site da Prefeitura as mesmas informações". Conforme a Prefeitura, o processo está lento porque a equipe de TI está focada na operacionalização do site para os agendamentos da vacina.
Veja pontuação de PG
Transparência no Paraná
Conforme o relatório da pesquisa, a média do atendimento aos critérios do questionário ficou em 54,2%, com 214 prefeituras atingindo notas superiores a este percentual.
Destas, 120 (30% do total) superaram o índice de 80%; 84, o de 90%; e 36 cumpriram integralmente todos os itens do levantamento, situação que também foi verificada no governo estadual - o qual foi avaliado por meio de uma ação específica da Terceira Inspetoria de Controle Externo (3ª ICE) do Tribunal.
Os outros 34 municípios que atenderam a 100% dos critérios do levantamento foram: Arapoti, Bela Vista do Paraíso, Boa Esperança, Bom Jesus do Sul, Borrazópolis, Candói, Céu Azul, Clevelândia, Goioerê, Guaíra, Guapirama, Guaraci, Guaratuba, Ibema, Ibiporã, Imbituva, Inácio Martins, Indianópolis, Irati, Itaúna do Sul, Jaboti, Janiópolis, Jesuítas, Marechal Cândido Rondon, Mariluz, Palmital, Pato Bragado, Querência do Norte, Rancho Alegre d'Oeste, Roncador, Salgado Filho, São Manoel do Paraná, Terra Roxa e Toledo.
Metodologia da pesquisa
O TCE afirma que quando encaminhou os questionários, em 10 de março, também disponibilizou aos gestores um manual orientativo para explicar o que seria avaliado, dando um prazo de 30 dias para as administrações efetuarem os ajustes necessários em seus portais da transparência antes da análise das plataformas pela equipe técnica da Corte.
As 11 questões presentes no formulário diziam respeito à divulgação, no portal da transparência ou site oficial, do plano de ação municipal para efetivar a vacinação da população local; de informações sobre a segurança, eficácia e potenciais riscos e benefícios das vacinas utilizadas; da ordem dos grupos prioritários a serem imunizados, com destaque para a fase vigente no momento; de "vacinômetro"; do quantitativo de insumos e doses de vacinas recebidas ou adquiridas; de canais para denúncia de "fura-filas" e outras irregularidades; de telefones e horários de funcionamento dos pontos de imunização; dos processos de aquisição de insumos e vacinas; e do registro de possível sobra de doses de imunizantes.
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