A produção de biogás a partir de resíduos de suínos está trazendo benefícios econômicos e ambientais para os suinocultores do Paraná. Com a instalação de biodigestores e geradores, produtores têm conseguido zerar a conta de energia elétrica e ainda lucrar com a venda do excedente.
Na propriedade da família Baratto, em Medianeira, o produtor Rodrigo Baratto informou que, após três meses de operação, o sistema gera cerca de 25 mil kilowatts por mês, dos quais 2 mil são usados na propriedade e o restante é vendido, resultando em uma economia de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil por mês e uma receita adicional de aproximadamente R$ 12 mil.
O investimento total para a instalação do sistema foi de R$ 680 mil. A iniciativa faz parte da série de reportagens “Paraná, energia verde que renova o campo”, que destaca a adoção de sistemas de energia sustentável pelos produtores rurais do Estado.
O Programa Paraná Energia Renovável (RenovaPR), do Governo do Estado, incentivou o investimento com juros subsidiados pelo Banco do Agricultor Paranaense, permitindo que a família Baratto realizasse o projeto sem custos de financiamento.
O sistema de biodigestores usa dejetos orgânicos para gerar biogás, que é convertido em energia por um gerador. Além da geração de energia, o processo também produz um composto líquido rico em nutrientes para uso como fertilizante.
Com o biodigestor, o manejo dos resíduos da suinocultura melhora, reduzindo problemas como mau cheiro e infestação de moscas, e proporcionando uma solução sustentável para a destinação dos dejetos.
O Paraná é o segundo maior produtor de suínos do Brasil, com 3,1 milhões de animais abatidos no primeiro trimestre de 2024. O Valor Bruto da Produção (VBP) da suinocultura no Estado foi de R$ 12,5 bilhões em 2023, representando cerca de 6% da produção agropecuária estadual.
Por Vitória Testa, com supervisão de Emmanuel Fornazari
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