Professores da rede estadual aprovam greve; Seis escolas de PG estão na lista de 'privatização'

Professores da Rede Estadual de Ensino aprovaram greve a partir de 03 de junho após votação motivada pelo projeto de lei que o Governo do Paraná quer enviar à Assembleia Legislativa para terceirizar a gestão de 200 instituições de ensino no Estado. A proposta é vista pela categoria como privatização.

As escolas passaram a ser geridas por uma empresa, que contrataria professores em regime CLT, não mais por concurso público; realizaria a manutenção das estruturas; e ficaria responsável também pela merenda escolar, entre outras atribuições.

Seis instituições de ensino de Ponta Grossa estão na lista de escolas que podem ser afetadas caso o projeto de lei tramite na Alep, seja aprovado, e sancionado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior.

Colégio Senador Correia está na lista de escolas que podem ser terceirizadas - Foto: Arquivo/Flávio Arns

Em entrevista à Radio CBN PG, o presidente da APP-Sindicato na regional de Ponta Grossa, Tércio Alves do Nascimento, detalhou a votação pela greve, outras medidas que passam a ser tomadas já nesta segunda-feira (27), e a avaliação dos profissionais sobre o projeto de lei do governo estadual.

"Professores e funcionários das escolas estaduais reuniram-se em Assembleia Geral para juntos definir os encaminhamentos contra a privatização de 200 escolas estaduais, sendo que 18 delas pertencem à APP Regional de Ponta Grossa, sendo que seis dessas escolas estão localizadas na cidade de Ponta Grossa".

Os colégios em questão são: Alberto Rebelo Valente; Ana de Vanir Borato; Senador Correia; Francisco Pires Machado; Professora Linda Bacila; e o Colégio Estadual Santa Maria.

O professor Tércio explica o impacto do projeto. "Essas escolas passariam a ser administrada por uma empresa que receberá 800 reais por mês para cada matrícula de aluno. A empresa passará a contratar professores e funcionários, assim como ficará responsável pela prestação de serviços internos de manutenção e pintura, além de ser responsável até mesmo pela merenda escolar, fato que nos deixa muito preocupados, pois corremos o risco de perder a qualidade nutricional da alimentação de nossos estudantes".

A categoria definiu por greve geral nas escolas estaduais a partir do dia 3 de junho e, a partir dessa segunda-feira, dia 27 de maio, contra o uso das plataformas escolares, para referendar a proposta do governo a partir da estrutura institucional.

"Também gostaríamos de deixar claro que diante dessa triste realidade, pedimos o apoio dos estudantes, pais, mães, lideranças políticas e comunitárias, para junto fazermos a defesa da educação pública", convoca Tércio.

A entrevista completa com o presidente da APP-Sindicato em Ponta Grossa, Tércio Alves do Nascimento, você pode conferir nesta segunda-feira, a partir das 9h30, no CBN Ponta Grossa 1ª Edição.