Localização dos corpos começou em janeiro quando um pé humano foi encontrado no poço.
O Corpo de Bombeiros encontrou restos mortais de humanos dentro de um poço no Distrito de Itaiacoca em uma incursão nessa quarta-feira (21). As buscas foram feitas a pedido da Polícia Civil que investiga a ocultação de cadáver de três pessoas que teriam sido assassinadas em 2019.
A localização dos corpos começou em janeiro quando um pé humano foi encontrado no poço. Conforme o delegado Luís Gustavo Timossi, as buscas foram realizadas após estudos sobre a segurança do local.
No fim do mês passado, o Corpo de Bombeiros encontrou uma carteira com a identificação de João Augusto Marchioto, desaparecido em 2019. Segundo as investigações da época, ele teria sido assassinado junto com Kamili Bianca de Goes e Leopoldo Ricieri Carneiro.
Os autores do crime teriam ocultado os corpos das vítimas. De acordo com a Polícia Civil, Emerson Luiz Martins Ferreira e Antonio Batista Ferreira foram denunciados pelo Ministério Público e devem responder a um júri popular pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, bem como por ocultação de cadáver, além de um crime de furto, porque eles teriam subtraído o telefone de uma das vítimas.
À época, as investigações apontaram que os autores teriam matado uma das vítimas por vingança porque ele estaria envolvido no assassinato do filho de um dos denunciados. As outras duas vítimas, um casal, foram mortos por estarem no local do crime, mas não tinham ligação com o homicídio anterior.
Com a localização de restos mortais em janeiro e no final de maio, o Corpo de Bombeiros voltou a fazer buscas nessa quarta-feira (21). Durante a incursão, foram encontradas novas ossadas humanas, além de roupas masculinas e femininas e um terço que fortalece a hipótese de que os corpos sejam das vítimas desaparecidas em 2019.
De acordo com a Polícia Civil, a maneira como os objetos foram encontrados revela detalhes cruéis do crime. Pedaços de fios foram recuperados que teriam sido utilizados para amarrar as vítimas. As investigações passam agora pelo trabalho de perícia para identificar os restos mortais e depois devem ser entregues às famílias das vítimas para o enterro.
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