Construída por fazendeiros, Capela Santa Bárbara foi doada aos jesuítas antes da chegada dos tropeiros ao município.
Fazenda Pitangui, década de 1710. A construção da Capela Santa Bárbara talvez possa ser considerada o primeiro marco do que viria a ser o município de Ponta Grossa.
Antes que os tropeiros passassem por aqui, padres da Companhia de Jesus ocupavam regiões do estado do Paraná. Eles faziam parte de missões jesuítas que tinham o objetivo de catequizar a população brasileira.
Nesse período, os religiosos também administravam fazendas de pecuária e agricultura de subsistência para manter as atividades. Foi com esse objetivo que surgiu a Fazenda Pitangui. As terras eram doadas a fazendeiros pelo governo português.
Já de propriedade dos jesuítas, a Fazenda Pitangui recebeu a construção de um oratório. Mais tarde, a região se tornou um entroncamento com o início das atividades de tropeiros. Eram fazendeiros que conduziam tropas do sul ao sudeste do país.
A passagem dos tropeiros promoveu a criação de vilas e cidades. Com a chegada dos tropeiros e a intensificação das missões jesuítas, a Capela Santa Bárbara se tornou praticamente o centro da região. Situação que mudou com a expulsão dos religiosos da Companhia de Jesus do Brasil.
A alteração na rota dos tropeiros deixou à margem o que hoje é o Distrito de Itaiacoca. O centro da região passou a ser a Casa das Telhas, construção peculiar na época, construída com telhas de barro.
Mas a região só cresce porque o gado levado pelos tropeiros precisava de uns dias para o que se chamava de engorda. É que eles chegavam na região de Castro fracos e cansados do caminho feito desde o Rio Grande do Sul.
Após o período de descanso, seguiam caminho até Sorocaba, em São Paulo.
Na época, Ponta Grossa era um povoado de Castro. A separação foi assinada em 15 de setembro de 1823, um ano depois da proclamação da Independência do Brasil. De freguesia, Ponta Grossa foi elevada para a categoria de Vila em 1853 e só se tornou cidade em 1864.
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