Geraldo Stocco (PV) foi o único parlamentar a votar pela abertura de uma nova Comissão Parlamentar Processante (CPP) contra Celso Cieslak, afastado por suspeita de corrupção
A Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) aprovou, com apenas um voto contra, o parecer jurídico contra a abertura de uma nova Comissão Parlamentar Processante (CPP) para apurar a conduta do vereador Celso Cieslak (PRTB). O único a votar contra ao parecer foi do vereador Geraldo Stocco (PV), justamente o responsável por denunciar Celso ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em junho de 2023.
O parecer jurídico apresentado pela equipe do Legislativo foi contra a abertura de uma nova CPP contra Celso por entender que não havia fato novo envolvido. O pedido para abertura da nova CPP foi apresentado por Sargento Guiarone, ex-vereador e suplente de Celso. Segundo o parecer, o fato de Celso ter se tornado réu na Justiça no processo que trata do caso não configura fato novo - uma outra CPP já aberta no Legislativo em 2023 decidiu afastar a denúncia de quebra de decoro parlamentar por parte de Celso.
Para Geraldo, a decisão de impedir uma nova investigação contra Celso é um equívoco já que, na visão do parlamentar, o fato de Cieslak ter se tornado réu permitiria o Legislativo a abrir uma nova investigação sobre a conduta do parlamentar do PRTB. "Muitos decidiram votar contra a cassação do parlamentar [Celso, alvo da CPP anterior] dizendo que ele não era nem réu na Justiça. Agora que ele é réu, decidem não investigar a conduta", lamenta Stocco.
A operação
Em junho de 2023, o Gaeco deflagrou a operação Pactum, com cumprimentos de 19 mandados de busca e apreensão em Ponta Grossa e das cidades Palmeira, Lapa, Curitiba, Guaratuba e Balneário Camboriú (SC). A operação foi iniciada após Geraldo denunciar ao Gaeco uma tentativa de suborno por parte de Cieslak para mudança de um trecho do relatório final de uma Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) sobre a Saúde.
Das Assessorias
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