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UEPG inaugura fábrica de absorventes na Cadeia Pública

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em parceria com o Conselho da Comunidade e a Polícia Penal do Paraná, inaugurou uma fábrica de absorventes femininos na Cadeia Pública Hildebrando de Souza. O projeto de extensão visa proporcionar trabalho e dignidade às mulheres privadas de liberdade.


Projeto oferece oportunidade de ressocialização para mulheres privadas de liberdade Foto: Aline Jasper/UEPG

Na maior cadeia pública do Paraná, cerca de 70 mulheres cumprem pena. Quatro foram selecionadas para atuar na produção dos absorventes. Uma das participantes destacou a importância do projeto para seu bem-estar e autoestima no ambiente de reclusão, ressaltando a oportunidade de minimizar desigualdades sociais e conflitos existenciais.


O coordenador do projeto, professor Rauli Gross Junior, enfatizou que trabalhar com pessoas privadas de liberdade é uma oportunidade de entender questões sociais e de saúde pública. Segundo ele, projetos como este visam empoderar as mulheres e melhorar sua autoestima, mostrando que elas têm um futuro e perspectivas de vida pós-cárcere.


William Ribas, diretor regional da Polícia Penal em Ponta Grossa, destacou que o objetivo é oferecer às pessoas privadas de liberdade oportunidades de restauração e mudança de vida, para que possam reintegrar-se à sociedade de forma melhor do que quando entraram no sistema prisional.


Essa é a primeira iniciativa de trabalho feminino para remição de pena na Cadeia Pública Hildebrando de Souza. A cada três dias trabalhados, as participantes podem abater um dia de suas penas. A iniciativa também permite aprender ofícios importantes para a ressocialização e reintegração social. As trabalhadoras passaram por um treinamento para a produção e iniciarão neste mês a distribuição de kits de absorventes para as mulheres encarceradas no Paraná.


O projeto-piloto é pioneiro no combate à pobreza menstrual carcerária e pode ser replicado em outras unidades. A expectativa é de, no futuro, expandir a produção para realizar doações para comunidades carentes.


O professor Maurício Zadra Pacheco, do Departamento de Informática da UEPG, participou da confecção de um molde para o corte das peças e destacou a importância do envolvimento dos alunos em causas sociais. Durante o evento de lançamento, o absorvente foi testado com sucesso ao absorver completamente um copo cheio de café.


Isabella Danesi, idealizadora do projeto, destacou a invisibilidade das mulheres encarceradas e a necessidade de ressignificar o período de privação de liberdade, combatendo a pobreza menstrual e oferecendo novas possibilidades de vida e ressocialização.


Por Vitória Testa, com supervisão de Emmanuel Fornazari


*Texto escrito a partir de informações da assessoria



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