Alta foi puxada pelos setores de materiais de construção, supermercados e autopeças.
A região de Ponta Grossa foi a única do Paraná que encerrou 2020 com volume positivo de vendas. Os dados são da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) feita nas seis regiões do Estado.
As vendas em Ponta Grossa tiveram alta de 1,18%, puxadas pelos setores de materiais de construção, supermercados e autopeças.
Conforme o levantamento, o varejo do Paraná encerrou o ano passado com tendência de crescimento. Dezembro teve alta de 1,57% e foi melhor do que o de 2019.
Os setores que tiveram desempenho superior em dezembro de 2020 na comparação com o mesmo mês de 2019 foram materiais de construção (23,96%), farmácias (14,47%), supermercados (12,87%) e móveis, decorações e utilidades domésticas (12,62%).
Mesmo com esse aumento, o Estado fechou o ano com redução de 4,57% nas vendas. Segundo a Fecomércio, as maiores perdas do ano foram registradas nos primeiros três meses da pandemia do coronavírus e os setores mais prejudicados foram vestuário e tecidos (-33,08%), calçados (-32,31%), livrarias e papelarias (-29,84%) e óticas, cine-foto-som (-29,19%).
Setores aumentaram ganhos durante a pandemia
De acordo com a Pesquisa, os setores que tiveram crescimento durante a pandemia no Paraná foram supermercados (9,03%), móveis, decorações e utilidades domésticas (7,25%), autopeças (3,17%), farmácias (2,90%) e materiais de construção (1,78%).
Regiões do Estado fecharam o ano em baixa
Das seis regiões pesquisadas pela Fecomércio PR, somente Ponta Grossa encerrou o ano com volume positivo de vendas. A região que mais sofreu com a pandemia foi Maringá, cujo comércio teve baixa de 15,74%. Também ficaram no campo negativo as regiões Oeste (-5,11%), Sudoeste (-5,01%), Curitiba e Região Metropolitana (-3,31%) e Londrina (-3,17%).
Vendas de Natal tiveram alta em 2020
Segundo a pesquisa, em novembro do ano passado houve elevação de 13,18% nas vendas, especialmente nos ramos que comercializam presentes de Natal, entre eles, as lojas de vestuário e tecidos e calçados, que tiveram um salto nas vendas de 97,76% e 91,40%.
Para a Fecomércio, os números representam um alívio para os comerciantes, uma vez que estes são os setores mais afetados pela pandemia. Também tiveram bom desempenho na variação mensal as livrarias e papelarias (27,35%), supermercados (25,30%) e as lojas de departamentos (22,69%).
Redução de vendas com a pandemia só perde para crise de 2015 no Estado
Conforme a Fecomércio, a crise provocada pelo coronavírus trouxe grandes impactos negativos para o setor do comércio paranaense, mas o resultado só não foi pior do que na crise política de 2015, quando o varejo fechou o ano com retração de 8,79%, e ainda amargou reflexos negativos no ano seguinte, que terminou em redução de 3,08%.
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